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Jundiaí

“Quando você entra, é muito difícil sair do vício”, afirma ex-dependente químico

Hoje Válter é especialista em dependência química, com mais de 20 cursos na área, e já ajudou mais de 4 mil dependentes

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Quando você entra, é muito difícil sair do vício - afirma ex-dependente químico
Quando você entra, é muito difícil sair do vício - afirma ex-dependente químico

Valter Schüller, 44 anos, é membro do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (COMAD) de Jundiaí e também especialista em dependência química, com o intuito de ajudar usuários de drogas a sair do vício e também promover ações preventivas, como palestras. A vontade de se especializar nessa área veio de uma experiência própria: 18 anos atrás ele estava do outro lado, como dependente químico. 

“Quando você entra, é muito difícil sair do vício. De cada 10, digo que uns 2 conseguem de fato. Quando eu estive internado, vendo o trabalho na clínica, vendo um trabalho que mexe com a transformação das pessoas, eu decidi que era aquilo que eu gostaria de fazer. Então eu abandonei o vício, comecei a estudar e me especializar cada vez mais. Meu intuito era ajudar os que avam pelo mesmo que eu”, afirma o conselheiro.

Nesta quarta-feira (26) é celebrado o Dia Nacional e Internacional do Combate às drogas e Valter falou um pouco sobre o assunto, que infelizmente afeta muitas pessoas e famílias. “E quando falamos em vício em drogas, não falamos apenas em drogas ilícitas, mas também sobre o álcool, o tabaco. O alcoolismo é mais comum do que imaginamos”, reitera, lembrando que toda sua história começou por conta do álcool. “Comecei no álcool, depois fui para a maconha e depois para a cocaína, que de uso esporádico virou um vício”.

E, 18 anos depois da última internação, Válter diz que já auxiliou pelo menos 4 mil dependentes químicos e fez pelo menos 20 cursos na área. “Minha motivação foi ajudar outras pessoas que am pelo mesmo”, afirma.

Para ele, a principal forma de combate ao consumo de drogas é a criação e implantação de políticas públicas sobre drogas, principalmente a prevenção. Dentre os programas, Válter cita o Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (PROERD), feito pela Polícia Militar nas escolas há muitos anos.

A atuação da família também é muito importante. “A família deve ser presente no papel de eslcarecimento. Tanto a família, quanto a escola e o poder público devem se unir nesse combate. A união de forças na prevenção é o melhor caminho. Cada real gasto em prevenção são vários reais economziados em tratamento”, diz.

Para as famílias, cada sinal deve ser olhado com atenção. “É necessário que sejam avaliadas mudanças de comportamento. Os pais conhecem os filhos e às vezes atribuem a mudança de comportamento à adolescência, mas muitas vezes não é só isso. É prestar atenção realmente, ver se há mudança de atitude, mudança no círculo de amizades. E também olhar sinais físicos, como olhos vermelhos e pupila dilatada”. continua o especialista.

E, em casos de consumo de drogas, o diálogo é sempre primordial, afirma Valter. Mas, se não for o suficiente, devem ser buscados profissionais. “Psicológicos, psiquiatras, para entender um pouco mais. E, em alguns casos, também deve ser buscada a internação. Além do dependente químico, a família também deve buscar ajuda, já que quem costuma conviver com a situação de perto acaba adoecendo também. Todos precisam de apoio psicológico”.

Por fim, Valter cita a importância dos grupos de autoajuda, tanto para usuário, quanto família. “Aqui em Jundiaí existem 3 grupos de Alcoólicos Anônimos e 5 de Narcóticos Anônimos. Também existem dois grupos para famílias, o Nar-Anon  e o Amor Exigente”, finaliza.

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